Estudo revela cenário de conhecimento sobre doação de órgãos por estudantes de Medicina no Brasil

A pesquisa “Perception of Brazilian medical students toward organ donation”, desenvolvida pelos professores da Bahiana Paulo Bittencourt e Liana Codes, em parceria com docentes de diversas entidades de pesquisa do Brasil, foi publicada na revista da Associação Médica Brasileira. O estudo ouviu alunos de Medicina de ligas acadêmicas da Bahiana e de diversas instituições de todo o país, a fim de averiguar a quantas andam seus conhecimentos e atitudes em relação à doação de órgãos pós-morte.

O médico recém-formado, que à época da coleta de dados era graduando do curso de Medicina da Bahiana e respondeu à pesquisa, Pedro Paulo C. e Silva, aponta como principal dificuldade enfrentada pelo sistema de doação de órgãos no Brasil a identificação do potencial paciente doador: “As principais dificuldades estão no processo de identificar o potencial doador de órgãos e convertê-lo em um doador efetivo para que aconteça o transplante de órgãos. São questões complexas que abrangem desde o Ministério da Saúde até os profissionais da linha de frente. Estes, no geral, são médicos recém-formados – segmento no qual há uma carência no ensino dos critérios adequados para a identificação desses possíveis doadores”. O resultado da pesquisa também revelou que a maioria dos estudantes tem o desejo de doar seus órgãos no caso de morte encefálica, já tendo comunicado a seus familiares.

O mesmo grupo de pesquisadores realizou o estudo “Attitudes of the Brazilian Population Toward Organ Donation”, em parceria com o instituto Datafolha, a fim de verificar como a população brasileira se comporta em relação à doação de órgãos. A pesquisa, publicada na Kidney International Reports, revelou que a maioria dos brasileiros aceita ser doador, mas menos da metade já comunicou o desejo à sua família.

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