“Tivemos um recorde de público neste ano, logo no primeiro final de semana, atingindo a marca de 63 participantes só no sábado”, pontua Bilitário, lembrando que o público antes era de 100 participantes por final de semana. “Esperamos prospectar, em 2018, novos parceiros e desejamos expandir ainda mais o projeto para outras praias.”
Paula Duplat, aluna do 5° semestre do curso de Fisioterapia da Bahiana e integrante da LAFIH, acredita que a iniciativa do projeto é excelente, pois promove o banho de mar para as pessoas com mobilidade reduzida e com deficiência, oferecendo um momento de lazer e descontração, além do suporte de profissionais da área de saúde. “Vim pela liga para fazer mensuração de frequência cardíaca, saturação de oxigênio e pressão arterial, para garantir que os banhistas estejam em bom estado para adentrar o mar”, explica.
“O foco do nosso trabalho é espalhar alegria. Trabalhamos com todo o tipo de público, não somente com crianças, e é maravilhoso poder ajudar o outro e tirar o sorriso dessas pessoas”, conta a estudante do 5° semestre do curso de Enfermagem e integrante dos Anjos da Enfermagem, Vivian Vivas.
Para Joelza Melo, aposentada, tia de Caio Moreno, 22 anos, portador da Síndrome de Van der Knaap – uma patologia raríssima que ocasiona possíveis deteriorações neurológicas seguidas de crises convulsivas – o projeto é importante, pois promove um momento de lazer para os banhistas com todo aparato médico para que eles possam se divertir com segurança.
“Caio adora vir à praia e participou também do ParaPraia no ano passado. Temos uma confiança muito grande no projeto e nos esforçamos muito para participar e trazê-lo”, conta Joelza.
Rodrigo Ramos dos Santos, aposentado e portador de tetraplegia, acha que o ParaPraia deveria acontecer todos os meses do ano pela grandiosidade de promover tantos benefícios para as pessoas com deficiência. “Sou do interior e participo do ParaPraia há três anos. É uma inciativa maravilhosa. Venho junto com minha amiga, Amanda Santana, que é paraplégica, e acredito que o projeto é uma forma de libertar muitos cadeirantes de dentro de casa”.
Amanda, que é aposentada e portadora de paraplegia em consequência de um acidente de carro ocorrido há 6 anos, endossa o que diz o amigo. “Participei de quase todas as edições e estou aqui todo fim de semana. Formamos um grupo de cadeirantes e todo ano estamos prestigiando o ParaPraia. No sábado, juntamos uns 30 cadeirantes, participamos das atividades, fizemos churrasco aqui na praia e foi muito divertido. Tenho uma amiga cadeirante que quase não sai de casa e hoje estava aqui no projeto, super feliz “.
Igor Alonso, voluntário e aluno do 9° semestre do curso de Fisioterapia da Bahiana, afirma que o projeto é mais do que especial para sua vida. “Presente no ParaPraia desde a 1° edição, já adotei ele de fato como parte do meu verão. Me sinto leve, feliz e alegre e, em relação ao lado profissional, me proporciona uma experiência fantástica e única porque hoje em dia poucas cidades litorâneas do Brasil conseguem manter uma iniciativa dessa magnitude”.
Confira as fotos.